Com o início do ano e a intensificação das chuvas em Marabá e região, os casos de gripes e doenças respiratórias têm aumentado significativamente. Essa é uma tendência comum nesse período, em que as temperaturas mais baixas e a alta umidade favorecem a proliferação de vírus.
De acordo com a endocrinologista Alana Ferreira, o chamado "inverno amazônico" apresenta características distintas de outras regiões. "Nosso inverno é diferente. As pessoas ficam mais aglomeradas, há maior circulação de vírus e a umidade alta também contribui. Isso afeta principalmente os grupos de risco, como idosos, crianças, pessoas imunossuprimidas, transplantados, portadores de HIV e outras doenças que reduzem a imunidade, aumentando o risco de complicações graves", alerta a médica.
Além disso, fatores como mofo e poluição intensificam os problemas respiratórios, atingindo especialmente crianças e idosos. Alana reforça a importância de manter as vacinas em dia. "Vacinas como a da pneumonia, da influenza e até a do Covid-19 são fundamentais. É importante lembrar que a vacina da gripe não evita que a pessoa pegue gripe, mas previne complicações graves e óbitos causados pela doença."
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A transmissão de doenças respiratórias tende a ser maior devido ao confinamento em ambientes fechados e com pouca ventilação. Por isso, além da vacinação, é necessário adotar medidas preventivas como lavar as mãos frequentemente, evitar compartilhar objetos de uso pessoal e manter os ambientes bem ventilados.
Outro ponto destacado pela especialista é a relação entre imunidade e alimentação. "Famílias grandes, com casas pequenas e poucos cômodos, podem estar mais suscetíveis. Além disso, a falta de uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras e proteínas, contribui para a redução da imunidade, aumentando as chances de contrair essas doenças", explica Alana.
Ela também ressalta que, durante o período chuvoso, não são apenas as doenças respiratórias que se destacam. "Nesse período, observamos um aumento de hepatites transmitidas por alimentos e água contaminados, leptospirose e arboviroses como dengue e chikungunya. Por isso, cuidados com higiene, evitar o contato com água parada e eliminar depósitos com água acumulada são essenciais", conclui.
A recomendação é redobrar a atenção, principalmente com os grupos mais vulneráveis, e seguir as orientações para prevenção, garantindo mais saúde e qualidade de vida mesmo durante o período chuvoso. (Texto colaborativo com James Oliveira).
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