Segue indefinido o destino do sargento da reserva remunerada do Exército Brasileiro, Josué Pereira Azeredo. Ele é acusado de ter matado duas mulheres e baleado outras duas pessoas em um bar no bairro Araguaia, no dia 3 de abril de 2022 em Marabá no sudeste paraense.
Preso desde o dia 1º de abril de 2023 o militar estava sendo julgado esta semana no Fórum de Marabá, Juiz José Elias Monteiro Lopes quando quase ao término do júri houve um desentendimento entre a promotora criminal Cristine Magela e os advogados criminalistas que defendem o sargento por conta de um requerimento em torno da sanidade mental dele.
Os advogados Railson Campos, Arnaldo Ramos e Carlos Lobo defendem que o militar sofre de distúrbios mentais a ponto de requererem que fosse inserido ao processo um pedido sanidade mental e assim ele poderia ser apontado como inimputável para, numa eventual condenação, receber uma medida de internação hospitalar.
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Houve divergência entre as partes e o ápice do debate se deu às 14h52 minutos quando juiz Wanderson Ferreira Dias indeferiu o pedido da defesa quanto à sanidade do militar.
“Este juízo indefere o requerimento da defesa quanto ao reconhecimento da imputabilidade do réu, pois não há nos autos nenhum documento médico capaz de comprovar tal alegação, ressaltando ainda que já foi indeferida a instauração de incidente de insanidade mental durante a instrução processual”, ressalta o magistrado.
PEDIDO NEGADO
Após essa decisão, que não agradou em nada a defesa, os advogados então requereram a dissolução do conselho de sentença e que o magistrado marcasse outro julgamento pedido este que foi negado pelo juiz.
A celeuma prosseguiu até que os advogados criminalistas, às 15h14 abandonaram o júri, razão pela qual o julgamento foi suspenso. O juiz Wanderson Dias marcou um novo julgamento para o dia 14 de novembro deste ano. Ate lá o réu segue preso.
Por fim o juiz Wanderson Dias mandou oficiar a Ordem dos Advogados do Brasil, sub-seção Marabá para apurar a conduta os advogados durante o tribunal do Júri.
O CRIME
Sargento Josué Azeredo é acusado de matar a tiros duas mulheres com as quais se divertia em um bar: Gleidy Saldanha Aguiar e Leaine Alves Gomes.
Outras duas pessoas foram baleadas: Francisco Ferreira de Souza e Lourival José da Costa. Segundo o inquérito, o crime teve motivação banal após uma discussão fútil. (Com apoio de Edinaldo Sousa)
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