Em Marabá, no sudeste do estado, o nível do Rio Tocantins amanheceu nesta terça-feira (28) com 8,84 metros, faltando apenas 1,16 metro para chegar à cota de alerta. Nas últimas 24h, ele subiu cinco centímetros.
A Defesa Civil do município já se encontra a postos para atender as primeiras famílias que, porventura, precisem ser remanejadas das residências. Por enquanto, as equipes realizam o monitoramento das principais áreas de risco, enquanto os rios não alcançam a marca de 9 metros, quando o estado de alerta é iniciado e os abrigos são construídos.
O Itacaiúnas também subiu nas últimas horas. “De acordo com a nossa pesquisa, nosso levantamento, que a gente vem fazendo desde julho, tem cinco famílias que saem já com 9 metros no Itacaiúnas. Estamos olhando os pontos críticos, vindo in loco para a gente já ter nossa demanda e até onde a gente vai fazer também os nossos abrigos, caso tenha uma cheia repentina. Tudo está planejado”, explicou o coordenador da Defesa Civil Municipal, Marcos Andrade.
Ainda segundo ele, os mapeamentos já foram realizados junto às populações ribeirinhas e comunidades. Entre as áreas consideradas pontos críticos estão os bairros Carajás I, II e III, um local de urbanização desordenada no bairro Amapá, Folha 33, São Félix e um baixão na Marabá Pioneira onde antes não era habitado, mas hoje já conta com moradores.
A Defesa Civil tem os dados referentes a quantidade de famílias que precisam ser remanejadas, dependendo do nível alcançado pelos rios. Por exemplo, quase mil famílias precisam ser realocadas quando os rios alcançam dez metros; abaixo de dez metros, o número é de cerca de 600 famílias.
O órgão conta com parcerias com outras secretarias municipais que atuam em conjunto no atendimento às famílias atingidas pela cheia. As parcerias se estendem também ao Corpo de Bombeiros e Exército Brasileiro.
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Medo
Na tarde desta segunda-feira (27) a dona de casa Antônia Gonçalves Rocha, moradora no porto do Tacho, às margens do rio Itacaiúnas, no Núcleo Cidade Nova, estava ansiosa com a subida do rio. “Dá medo e muito por causa da mudança. A gente sem nada. Na hora da gente mudar às vezes não tem o carro para pegar a gente na hora. Já perdi muita coisa. É difícil”, disse.
O marido de Antônia, Sebastião Mota Lima, também acredita que o rio vai encher mais nos próximos dias. “Ela (enchente) vem, nem que passe poucos dias, ela vem. A água tá no batente da porta dos fundos”, disse.
VEJA VÍDEO QUE MOSTRA SITUAÇÃO DO TOCANTINS E ITACAIÚNAS!
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