O Rio Tocantins, que passa por Marabá, no sudeste do Pará, está perigosamente próximo de atingir a cota de alerta no município. Nesta sexta-feira (3), a régua fluviométrica indicava 8,46 metros na primeira medição oficial, realizada às 7h. Faltam apenas 1,54 metros de água para atingir a marca crítica de 10 metros – caso atingida, centenas de famílias já começam a ser atingidas pela enchente. A Defesa Civil Municipal, no entanto, informou que a situação está sendo monitorada, sem motivos para alarme.
Ainda de acordo com a entidade, Marabá foi dividida em zonas para acompanhamento da enchente. As áreas de menor risco estão na zona “verde”, enquanto as áreas mais baixas estão divididas em zonas “amarela”, “laranja” e “vermelha”, cujos moradores já são atingidos assim que o rio chegar aos 10 metros. Esse zoneamento norteará o trabalho dos órgãos que compõem a Defesa Civil, notadamente o Exército Brasileiro, que sempre atua com pessoal e veículos para transporte das famílias das áreas alagadas para os abrigos.
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Embora a enchente em Marabá seja mensurada pelo nível do Rio Tocantins, o outro rio que corta a cidade – Itacaiúnas – também provoca alagamentos. Trata-se de um fenômeno natural que ocorre todos os anos, entre janeiro e abril, em menor ou maior escala, podendo desalojar 40 mil pessoas, o que representa cerca de 15% da população de Marabá.
Os bairros historicamente atingidos são Cabelo Seco, Santa Rita, Santa Rosa e Vila do Rato, todos na Marabá Pioneira; assim como a área de baixada da Folha 33 (Nova Marabá); e o bairro São Félix Pioneiro e Vilas Geladinho e Espírito Santo. Mas, com o avanço populacional das últimas duas décadas, a enchente começou a desabrigar também alguns bairros periféricos da Nova Marabá, como as Folhas 25, 14, 13 e 12.
No núcleo Cidade Nova, bairros povoados também em um período mais recente, muitos a partir de ocupações urbanas, começaram a ser atingidos, como Carajás 1, 2 e 3, além de parte dos bairros Liberdade e Independência, assim como uma faixa do São Miguel da Conquista.
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