O cancelamento virtual pode acontecer de várias maneiras, desde parar de consumir algum conteúdo, xingamentos em massa pelas redes sociais e até como "piada". Nos últimos dias, os brasileiros agiram de forma inusitada para protestar.

No último domingo (25), na avenida Paulista, em São Paulo (SP), ocorreu um protesto em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante o evento, um cartaz chamou a atenção de quem participava do ato: a imagem do ex-jogador Vampeta em um ensaio fotográfico nu foi colada em um dos muros próximos ao edifício da Fiesp, em São Paulo.

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Nos últimos anos, o "Vampetaço" tem se tornado cada vez mais conhecido. O termo faz referência ao ex-jogador do Corinthians e da seleção brasileira.

O "Vampetaço" trata-se de uma forma de "cancelamento virtual" que, recentemente, migrou das redes sociais para os muros, como aconteceu no protesto de domingo, por exemplo. A ação foi realizada por opositores do ex-presidente.

O uso da imagem do jogador é simples: quando alguém se envolve em algo considerado desagradável ou "errado", os responsáveis pelo "Vampetaço" inundam o perfil com fotos do ex-jogador nu. Vampeta posou sem roupa em 1999 para a extinta revista "G Magazine".

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No evento de ontem, as imagens foram exibidas em cartazes no muro próximo ao Juizado Especial Federal, em frente à estação Trianon-Masp, em uma das áreas mais movimentadas da avenida Paulista.

O órgão sexual de Vampeta foi tampado com as palavras "cease fire", que significa "cessar-fogo", em inglês. A mensagem tem relação com o conflito Israel-Hamas na faixa de Gaza e na palestina, pedindo o fim dos ataques. 

O "Vampetaço" voltou a viralizar nas redes sociais na semana passada, quando o chanceler israelense Israel Katz rebateu uma declaração do presidente Lula sobre a guerra no Oriente Médio, e viu uma enxurrada de brasileiros publicando a foto do ex-jogador em seu perfil.

A brincadeira já havia ganho destaque em outras ocasiões, como nos casos de racismo com o jogador Vinicius Júnior, além de protestos políticos e entretenimento. Vampeta declarou em 2021 que não se incomoda com o uso de sua imagem nestas circunstâncias e que gostaria de parabéns para quem inventou o movimento.