No Brasil, o crime de homofobia é categorizado na Constituição Federal como racismo. Desde 2019, quando a lei entrou em vigor, muitos casos desse tipo de discriminação foram registrados no país. 

Uma mulher foi indiciada pela Polícia Civil por lesão corporal e injúria após ser filmada proferindo xingamentos homofóbicos contra um casal dentro de uma padaria em Santa Cecília, no centro de São Paulo. O incidente ocorreu no início de fevereiro, uma semana antes do Carnaval.

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A pena para os crimes de lesão corporal e injúria que variam de três meses a um ano e de um a seis meses, respectivamente. Agora, cabe ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) decidir se irá apresentar denúncia contra Jaqueline dos Santos Ludovico. Em comunicado enviado ao UOL, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que as autoridades abriram um inquérito policial "para esclarecer todas as circunstâncias dos fatos" e que o caso está sob responsabilidade da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais e de Delitos de Intolerância (Decradi).

O ataque homofóbico ocorreu na madrugada de 3 de fevereiro na Padaria Iracema, localizada na Avenida Angélica, contra o assessor de imprensa Rafael Gonzaga, 32 anos, e o engenheiro civil Adrian Grasson, também de 32 anos.

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Rafael relatou que chegou a ficar com o nariz sangrando devido às agressões. Nos vídeos, a mulher afirmou que o sangue derramado era pouco e alegou ser de "família tradicional" e ter boa educação. "Eles acham que podem fazer o que querem, até mesmo chegar onde estamos... Os valores estão sendo invertidos", gritou Jaqueline.

A defesa da empresária declarou, na semana seguinte à agressão, que a mulher era vítima de um linchamento virtual e que "a história completa e a verdadeira complexidade dos eventos exigem uma abordagem mais sensível e equilibrada", com o reconhecimento de sua situação de vulnerabilidade.

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