Agentes da Polícia Militar do Pará, integrantes da Tropa de Choque e do Comando de Policiamento da Capital, embarcaram nesta segunda-feira (9) para Brasília. O grupo, composto por 40 homens, vai participar das ações de combate aos atos terroristas ocorridos no Distrito Federal, no último domingo (8).
O secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, e o comandante-geral da PM, coronel Dilson Júnior, também embarcaram com os policiais, em voo direto para Brasília, onde ficarão alojados no QG da Força Nacional, sob a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
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Segundo o secretário, os militares paraenses só retornarão após o encerramento da intervenção federal decretada pelo presidente Lula na área de Segurança Pública da capital federal. "Só retornará a tropa no momento em que nós conseguirmos garantir a tranquilidade e a paz no Distrito Federal", adiantou.
Durante a entrevista coletiva realizada na manhã de hoje, Ualame Machado destacou que a ação de desocupação do acampamento golpista em frente ao 2º BIS, na Avenida Almirante Barroso, em Belém, ocorreu de modo pacífico, e que ao menos cinco pessoas foram presas durante operação.
"Com relação aos bloqueios no Estado do Pará, não há rodovia estadual bloqueadas, enquanto que a Almirante Barroso, em Belém, acaba de ser desobstruída por uma operação integrada do Sistema de Segurança Pública sem qualquer transtorno. Pelo menos cinco pessoas já foram presas em decorrência dessa obstrução por uma ordem do Supremo, que dizia que quem tivesse sido encontrado nesses locais de obstrução seria preso em flagrante, e é isso que está ocorrendo".
O envio de policiais foi autorizado pelo governador Helder Barbalho (MDB), que também deve ir a Brasília para participar da reunião do Fórum dos Governadores com o presidente Lula (PT), nesta segunda-feira, às 18 horas.
DESOCUPAÇÃO NA ALMIRANTE BARROSO
Po meio das redes sociais, Helder destacou que o Pará foi o primeiro estado a cumprir a determinação do ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, ao desocupar o acampamento golpista em frente ao 2º BIS, na Avenida Almirante Barroso.
O Pará é o 1º estado do país a cumprir a decisão do ministro Alexandre de Morais. O acampamento localizado em frente ao Quartel do Exército, em Belém, já foi desmontado. Aqui no Pará, não vamos admitir atos terroristas e ações como as que aconteceram em Brasília. #AquiNão
— Helder Barbalho (@helderbarbalho) January 9, 2023
Na entrevista coletiva desta manhã, o comandante-geral da PM, Dilson Júnior, também deu detahes sobre a operação que resultou na prisão de cinco apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que não aceitam o resultado da eleição presidencial de 2022.
"Foi (uma operação) muito positiva. Nós não tivemos nenhum incidente. Alguma resistência apenas ao cumprimento da decisão judicial do ministro Alexandre de Moraes, que determinou que quem fosse encontrado nessa situação de ocupação de calçadas em frente a organizações militares deveria ser conduzido para autuação em flagrante e, assim, nós prendemos cinco pessoas que estão sendo conduzidas para a Polícia Federal para a efetuação do flagrante", detalhou.
O comandante-geral também esclareceu que não houve nessecidade de nenhuma preparação especial por parte do grupamento que está sendo enviado para Brasília.
"Nosso pessoal de Choque já tem todo o treinamento para a atuação e expertise em várias operações exitosas aqui em nosso estado, e a tropa do Comando de Policiamento da Capital, que vai atuar também no reforço ao policiamento ostensivo na capital federal, tem toda a expertise e o treinamento para o cumprimento dessa missão", resssaltou o coronel Dilson Júnior.
LOGÍSTICA NO DF
Sobre a questão dos armamentos e equipamentos de segurança que serão utilizados pelos policiais paraenses no DF, o comandante-geral da PM explicou que toda a logística no local ficará sob a responsabilidade da Força Nacional.
"Quando um policial estadual é mobilizado para a atuação no Distrito Federal fica à disposição da Força Nacional todo o armamento que é utilizado ou munição química, caso seja necessário, é cedida pela Força Nacional", explicou.