Não há dúvidas de que o Dia das Mães terá de ser festejado de forma diferente este ano. Sem a família toda reunida na hora do almoço - para evitar aglomerações - e sem abraços apertados, já que é fundamental manter o distanciamento social. No entanto, não será por isso que os filhos deixarão de presentear as mães e prestar as homenagens que elas merecem. O comércio está fechado, mas nem precisa sair de casa para comprar o presente. As lembranças e mimos estão ao alcance das mãos, já que pelo celular é possível pesquisar um bom presente. As redes sociais, inclusive, estão cheias de lojas virtuais que dispõem de serviço de entrega.

Ele lembrou que o consumo não vai cair por causa da pandemia e das restrições de funcionamento do comércio. Pelo contrário, passa a prevalecer um novo modelo de compra, no qual os empreendedores precisam focar. “Os empresários, lojistas, varejistas, precisam estar atentos às novas plataformas de vendas, estudá-las e posteriormente pôr em prática as melhores estratégias de como alcançar novos clientes e fidelizá-los”.

A empreendedora Camila Melo trabalha com doces e cestas de café da manhã há sete anos. Desde 2015 mantém um perfil no Instagram (@docesefricotes), onde anuncia seus produtos e mantém uma relação mais próxima com os clientes. No segmento em que escolheu trabalhar, o Dia das Mães e o Dia dos Namorados são as datas que lhe rendem o melhor faturamento. Com o fechamento do comércio em Belém, a procura pelas cestas que prepara aumentou quase 43% este ano. “No Dia das Mães, eu sempre estabeleço uma meta de preparar até 70 cestas, isso fechando negócios até no sábado à noite, na véspera. Este ano eu vou suspender novas vendas bem antes do fim de semana”, ressaltou.

Até o final da manhã de ontem, ela já tinha fechado a encomenda de 100 cestas para o segundo domingo de maio. “Eu vou ter de encerrar os pedidos para dar conta de preparar todas as encomendas e entregá-las no tempo certo”, afirmou a jovem microempreendedora paraense.

Camila Melo revelou que a procura por encomendas no perfil aumentou desde que começou o período de isolamento social por causa da Covid-19. “Nestes últimos dias o número de seguidores também aumentou. As pessoas estão perguntando e procurando bastante”, frisou.

Para conquistar o público, ela acabou adicionando mimos a mais na cesta. “Os clientes estão cada vez mais exigentes”, pontuou.

FLORES

O Dia das Mães é a segunda melhor data para o comércio. Em venda de presentes e outros produtos, perde apenas para o Natal. No geral, as lojas de perfumes, moda e confecções, docerias e floriculturas são as que mais tendem a faturar nesta época. Sem abrir as portas, sofrerão fortes impactos econômicos este ano. “Sem dúvidas, ‘adequação’ será a palavra de ordem que vai movimentar o comércio este ano”, frisou o superintendente do Sebrae/PA.

Davison Yamanaka adotou o serviço delivery em sua floricultura
📷 Davison Yamanaka adotou o serviço delivery em sua floricultura |Arquivo Pessoal

O empresário Davison Yamanaka tem uma floricultura no bairro do Marco, em Belém. Por causa das recomendações de isolamento social e a queda nas vendas, adotou o serviço de vendas pela internet e delivery. “É um serviço novo para a gente, mas ainda estamos em fase de adaptações. Ainda tem cliente com medo de receber as flores, os arranjos e ramalhetes”, disse.

Yamanaka tem boas expectativas em relação ao Dia das Mães, mas não fez nenhuma projeção. “Flores é uma escolha e compra pessoal, no geral os clientes gostam de ver pessoalmente o produto e mesmo com os recursos que estamos oferecendo de fotografias, por exemplo, eles ainda ficam em dúvida”, desfechou.

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