E os marsupiais continuam a solta e ao contrário do que muita gente imagina, eles podem ser considerados inofensivos. Da mesma família dos cangurus, uma vez que carregam os filhotes nas bolsas abdominais, os gambás, ou mucuras, como são mais conhecidos na Amazônia, não representam perigos para os seres humanos, até pelo contrário, uma vez que têm a capacidade de espantar animais peçonhentos como cobras e escorpiões. Por isso, não há porque ter medo.

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) recebeu uma visita ilustre nos últimos dias, mas não foi de personalidade política, nem de celebridade. Uma mucura se abrigou da chuva no Palácio Rio Branco, na capital paranaense, desde a semana passada.

Mucura ganha cadeira de rodas após sofrer acidente

Ao final da sessão da CMC na última terça-feira (5), o presidente Tico Kuzma (Pros) informou que o marsupial foi resgatado e devolvido ao seu habitat, na Área de Proteção Ambiental do Passaúna, pela Rede de Proteção Animal (RPA).

“O gambazinho entrou no plenário e estava virando as latas de lixo”, disse Kuzma sobre como a presença do animalzinho foi notada pela Câmara. A mucura também foi vista perambulando pelo entorno do Palácio Rio Branco e na Diretoria de Apoio às Comissões, localizada no subsolo do prédio histórico.

A RPA auxiliou o Legislativo sobre como proceder e resgatou o animal usando uma armadilha. O gambá estava no local para se esconder das fortes chuvas que atingem a região nesta época.

“Os animais silvestres em situação de acidente podem ser encaminhados ao Centro de Apoio à Fauna Silvestre [Cafs]. Aqueles que estão bem, a gente orienta que as pessoas não mexam, que deixem eles seguirem o seu caminho. Dentro dos equipamentos públicos, a gente faz o atendimento. Mas a orientação para as pessoas é não mexer e, se estiver acidentado, encaminhar para o Cafs”, explica o médico-veterinário Fabiano Cruzara, da RPA.

Mucura também conhecida por gambá ou saruê, dependendo da região do Brasil Foto: Reprodução

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