O ginasta Diego Hypolito revelou em entrevista, uma série de torturas psicológicas que sofreu quando criança, no início de sua carreira como atleta. Os transtornos sofridos durante a infância trouxeram graves consequências para o atleta, que apresentou um quadro de síndrome do pânico duas vezes, uma em 2014 e outra em 2016. 

"Quando eu era criança, os treinadores deixavam que nos prendessem em caixas de pinto, que eram chamadas de 'caixão da morte'. Com isso, desenvolvi medo de ficar em lugares fechados. Dos 9 aos 13 anos, existia um trote dentro dos clubes em que se você fizesse algo que o treinador não gostasse, eles prendiam você lá, sentavam em cima da caixa, e você ficava sentado na escuridão naquilo que parece um caixão (...) Ficava-se trancado lá com o consetimento de treinadores, pessoas da ginástica, adultos. Duvido que estas pessoas faziam isso com os filhos".

O atleta afirmou que esse tipo de pressão psicológica era muito comum no fim dos anos 90 e declara que decidiu revelar o caso para que outros jovens não precisem passar pelo mesmo tipo de situação. 

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"Para mim, era desesperador. Eles prendiam com o consentimento de alguns treinadores.Os atletas mais velhos prendiam como um suposto trote. Prendiam também num quarto, nas competições, e cerca de 30 ou 40 atletas passavam por isso no passado. Falo para que isso nunca mais volte a acontecer. Dois atletas (presos) ficavam nus um do lado do outro, colocavam uma pilha no chão, pasta de dente sobre a pilha, e cada atleta tinha que disputar uma prova, pegar a pilha com o ânus e colocar dentro de um tênis. Se não fizesse, apanhava. Isso é nojento, abomino".

Há pouco tempo, Hypolito revelou publicamente que é gay e ainda disse ter sofrido por anos acreditando que sua orientação sexual era "ser um demônio". O atleta é bicampeão mundial de ginástica olímpica. 

(Com informações do Extra)

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