O anúncio do adiamento da aplicação das provas do Concurso Nacional Unificado (CNU) pegou os mais de 2 milhões de inscritos de surpresa nesta sexta-feira (3). O motivo para o cancelamento da realização do certame, que estava previsto para domingo (5) é o estado de calamidade vivido por moradores de cidades do Rio Grande do Sul, impactados por chuvas que provocaram grandes enchentes.

Durante a tarde desta sexta, a ministra de Gestão e de Inovação em Serviços Públicos do Governo Federal, Esther Dweck, comentou sobre as previsões para uma nova data e um novo cronograma para a realização da prova do CNU, também conhecido como "Enem dos Concursos".

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Durante coletiva à imprensa em Brasília (DF), a ministra Esther Dweck ressaltou a certeza de que a decisão de adiar a realização do Concurso Nacional Unificado foi a melhor possível diante do cenário em que se encontram mais de 100 municípios do Rio Grande do Sul.

"Desde o começo, nossa intenção sempre foi garantir a democratização do acesso à prova e a integridade física e segurança jurídica dos candidatos. Percebemos que isso não seria possível se mantivéssemos a aplicação para os candidatos mesmo diante da tragédia que assola a população do Rio Grande do Sul", declarou a ministra.

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Dweck disse, ainda, que as provas já estavam distribuídas em todas as capitais brasileiras incluindo Porto Alegre (RS), cujo processo de interiorização das mesmas já havia iniciado na última quinta-feira (2), exceto no RS. Segundo a ministra, 65% das cidades brasileiras com locais de provas já estavam com unidades do questionário do certame.

PRÓXIMOS PASSOS

Agora, entre os próximos passos a serem tomados, está o processo de recentralização das provas de volta aos locais seguros de onde foram distribuídas para todo o Brasil. No entanto, este requer um grande esquema de planejamento e segurança, visto que a logística é realizada por equipes dos Correios com a escolta de forças de segurança pública de órgãos como a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Força Nacional, entre outros.

A ministra lamentou, ainda, situações particulares como as de candidatos da região Norte, visto que, devido às distâncias mais acentuadas, alguns deles podem estar, neste momento, em deslocamento para as cidades com locais de prova sem sequer saberem ainda que o concurso foi adiado.

NOVA DATA

Questionada sobre uma nova data, a ministra Esther Dweck disse que ainda não há possibilidade de prever para quando será possível remarcar a aplicação o exame. Segundo ela, isso pode vir a ocorrer apenas "nas próximas semanas" devido à necessidade de ser reavaliada a situação dos municípios do Rio Grande do Sul, assim como a possibilidade de aplicar a mesma prova já impressa ou ter que recriar uma nova.

"Nossa ideia inicial é de conseguir recentralizar todas as provas e fazer a aplicação em outra data, mas ainda estamos avaliando isso diante do cenário do esquema de segurança necessário para trazê-las de volta", explicou.

CUSTOS

Sobre os custos de aplicar as provas do "Enem dos Concursos" em outra data, Dweck reforçou que ainda não há valores exatos, mas que os recursos deverão ser remanejados do Orçamento Geral da União (OGU), que já previam a entrada de novos servidores públicos aprovados no CNU nos próximos meses.

Acerca de uma possível demora em confirmar o adiamento do "Enem dos Concursos", a ministra do MGI comentou que o prazo limite para fazer o anúncio era justamente esta sexta-feira (3), pois, de acordo com ela, mais de 94% dos candidatos inscritos no certame mora a menos de 100 km do local de prova e, nos casos de distâncias mais longas, os mesmos começariam a se deslocar apenas no sábado (4).

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