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ANÁLISE

Remo padece de visível esgotamento criativo

Confira esse e outros destaques da coluna de Gerson Nogueira deste domingo (7).

Imagem ilustrativa da notícia Remo padece de visível esgotamento criativo camera Desempenho do Remo está entre os destaques da coluna de Gerson Nogueira deste domingo (7). | Reprodução/Instagram

Leão segue em queda

Há dez jogos o Remo padece de visível esgotamento criativo. O problema voltou a entrar em campo na sexta-feira em Maceió, levando a uma nova derrota. O início da partida foi até animador. Com boa movimentação entre meio-campo e ataque, o time marcava bem e até criou duas boas chances, mas uma desatenção na defesa permitiu ao CSA chegar ao gol e passar a controlar a partida.

O cenário tem sido recorrente. O time tem lampejos durante os jogos e, na maioria das vezes, termina dominado pela superioridade do adversário ou pela própria incapacidade de se impor e reagir. Jogos como o de sexta-feira e o anterior, diante do Londrina em Belém, comprovam que o coletivo não funciona como antes e as individualidades estão devendo.

Victor Andrade, destaque do time na melhor fase da equipe no primeiro turno, sucumbiu às seguidas ausências (principalmente por suspensão) e nunca mais rendeu à altura das expectativas. Em certo sentido, a queda de rendimento tem a ver com a vigilância maior que sofre hoje a partir da visibilidade alcançada em atuações destacadas.

Raimar, que surgiu como um achado precioso após lesão sofrida por Igor Fernandes, tem sido pouco efetivo e não participa com a mesma intensidade de antes. Sua contribuição ofensiva é cada vez menor, o que ajuda a explicar os problemas do time para marcar gols. Defensivamente, suas falhas passaram a preocupar. Diante do CSA, estava nos dois lances fatais e não conseguiu marcar os atacantes.

Outras peças funcionam mal, mas o técnico insiste em escalar. Casos de Artur e Lucas Siqueira, cujos desempenhos não justificam a titularidade. Outros jogadores poderiam ser testados ali. Pingo entra no decorrer dos jogos e Paulinho Curuá não é utilizado. Contra o CSA, inexplicavelmente, Marcos Junior foi esquecido na suplência. Poderia ter contribuído com a transição pela facilidade para os passes verticais.

A entrada de Marcos Junior poderia ter funcionado como compensação pela ausência dos meias Felipe Gedoz e Mateus Oliveira. Sem um jogador capaz de funcionar como articulador, o meio-campo do Remo parou de funcionar quando o time sofreu o primeiro gol. Até melhorou no começo da segunda etapa, com a entrada de Pingo e Jefferson, mas desapareceu de vez após o segundo gol alagoano.

Depois de perder para a Ponte Preta, há quatro rodadas, Felipe revelou que iria finalmente “fechar a casinha” adotando um modelo mais pragmático de jogo, a fim de subir a pontuação. Até ensaiou isso diante do Cruzeiro e o resultado foi altamente satisfatório.

Abandonou o esquema conservador contra o Londrina e o time perdeu sem reagir. Contra o CSA, optou por três volantes, mas o modelo seguiu aberto, com três atacantes de ofício. Novo resultado insatisfatório e atuação pífia.

A essa altura, a simplicidade costuma ser boa conselheira. Optar pelo feijão-com-arroz seria a estratégia mais adequada. Todos os times que lutam para não cair – e até alguns que buscam o acesso – preferem se fechar, até por não ter recursos para propor jogo.

Apesar do quadro de apreensão, nem tudo está perdido. O Remo depende exclusivamente de si. A salvação está em conseguir uma vitória em quatro rodadas.

Campanha ruim no returno gera pressão sobre Felipe

Últimos oito jogos: cinco derrotas, dois empates e uma vitória. Aproveitamento de 20,83%, digno de campanha de rebaixamento. Foram 10 gols sofridos, cinco marcados. Esses números aumentam a pressão sobre Felipe Conceição, o técnico responsável pela reação que tirou o Remo da lanterna do campeonato e o colocou entre os 10 primeiros.

O problema é que o futebol, como a vida, costuma esquecer rapidamente méritos e acertos. Desde a derrota para o Londrina, o treinador tem sido criticado e é provável que a diretoria decida pela troca a essa altura.

Quando a coluna foi fechada, na sexta-feira (5) à noite, a situação permanecia inalterada, embora com muita boataria envolvendo o comando técnico azulino e especulações sobre sua saída.

A exemplo do que ocorreu no rival PSC, que resolveu trocar técnico por auxiliar em meio ao quadrangular da Série C, o Remo pode se meter num caminho sem volta. Se a situação é ruim – embora não incontornável – pode ficar muito pior com uma substituição precipitada, que mexeria radicalmente com a estrutura e a maneira de jogar do time.

Pelo conhecimento do elenco, Felipe ainda é o mais indicado para encontrar uma saída dessa espiral de resultados ruins e encaminhar uma reta final de campeonato mais tranquila.

Direto do blog campeão

“O futebol é a nossa mais completa tradução e, como se não bastasse o 7 a 1, só tem servido metáfora ruim. O presidente diz o tempo todo jogar dentro das quatro linhas da constituição, mas tudo que faz é jogar fora delas. Flamengo e Atlético, e todo o campeonato brasileiro, também. Jogadores que ganham milhões esquecem a constituição do futebol, um simulacro da convivência, e por 90 minutos exalam masculinidade tóxica. Discutem, esquecem o passe de três dedos, tiram a máscara das boas práticas desportivas e peitam-se como machos antigos numa briga de rua. São jogos aborrecidíssimos, goleadas de um a zero, que negam a essência da brincadeira. Não, não pode isso, Arnaldo”. Joaquim Ferreira dos Santos, craque da crônica e futeboleiro de estirpe

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda o programa, excepcionalmente a partir das 19h30, na RBATV. Participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, os resultados dos clubes paraenses nas séries B e C. A edição é de Lourdes Cézar.

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